Operação de combate a incêndio na Serra da Bocaina chega ao 6° dia seguido em Bananal


Frente fria pode ajudar a amenizar o tempo seco combater as chamas nesta semana. Operação de combate a incêndio na Serra da Bocaina chegou ao 6° dia seguido em Bananal
João Mota/TV Vanguarda
A operação de combate ao incêndio na Serra da Bocaina, em Bananal (SP), chegou ao sexto dia consecutivo nesta segunda-feira (16). Ainda não há previsão de quando o fogo será extinto.
O trabalho foi retomado por volta das 8h e visa principalmente a extinção de um foco de incêndio ativo em área de mata densa que fica na altura do quilômetro 21 da Rodovia dos Tropeiros.
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No domingo (15), a operação foi encerrada no fim da tarde, exatamente neste ponto. Cerca de 50 homens e pelo menos três helicópteros com baldes de água participam da ação.
Como o acesso à área de mata densa é considerado como um fator dificultador para as autoridades envolvidas na operação, o combate ao fogo é realizado pelo ar.
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As aeronaves captam água e lançam sobre a mata. Segundo a Defesa Civil, somente no sábado foram usados cerca de cem mil litros de água.
“O combate tem sido feito pelo serviço aéreo. O serviço terrestre é feito para proteger locais, como residências e estradas, para que o fogo não se expanda. O foco está em um terreno bem íngreme, de difícil acesso, e bastante perigoso”, afirma o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros, Lucas Chicarino.
Serra da Bocaina entra no sexto dia de combate aos incêndios
Frente fria
Para esta semana, as autoridades esperam que o avanço de uma frente fria – que provoca queda nas temperaturas e também pode causar chuva – amenize o tempo seco e ajude a combater as chamas.
“Nós teremos, pelo menos nos próximos dois ou três, máximas com menos de 30°C. Isso faz com que o cenário de tempo seco seja amenizado, então a vegetação que está muito seca fica mais úmida, dificultando a reignição dos focos de incêndio. Isso vai ajudar pelo menos até o meio da semana”, diz o Capitão Roberto Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil.
Por outro lado, há um risco de que o vento alastre o fogo, aumentando a área atingida. Além disso, a nebulosidade provocada por essa frente fria acaba atrapalhando a visibilidade dos pilotos e tripulantes dos helicópteros que atuam na operação.
“Nós tivemos um diferencial que foi a questão meteorológica. Em que pese ela ter prejudicado muito a atuação das aeronaves por causa do contato visual de onde estão as chamas”, afirma o capitão da Polícia Militar, Rafael Correa.
Nebulosidade na Serra da Bocaina atrapalha atuações de helicópteros no combate a chamas
Divulgação/Defesa Civil de SP
Rondas noturnas
Além das ações de combate às chamas, agentes da Fundação Florestal, que administra a Serra da Bocaina, e da Defesa Civil iniciaram na madrugada desta segunda-feira (16) uma operação de rondas noturnas.
O objetivo é vistoriar a região e proteger a mata de possíveis ações criminosas. A ronda desta segunda-feira terminou 3h da madrugada. Nada foi encontrado.
Ronda noturna para evitar ações criminosas na Serra da Bocaina
Reprodução/TV Vanguarda
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