Em um único dia, o homem convidou quase 9 mil pessoas para um grupo de mensagens intitulado ‘Caçadores de ratos do STF’. Para PGR, ele incentiva ruptura institucional. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Ivan Rejane Fonte Boa Pinto pelos crimes de associação criminosa e incitação ao crime por suposto envolvimento com atos antidemocráticos.
Ivan Rejane, que ameaçou Lula e ministros do STF em vídeo, foi denunciado pela PGR.
Reprodução/TV Globo
O homem chegou a ficar preso por mais de um ano após ameaças ao presidente Lula e a ministros do STF.
Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que as provas reunidas mostram “a adesão do denunciado ao movimento antidemocrático”.
“Há, assim, prova suficiente de que o denunciado Ivan Rejane Fonte Boa Pinto aderiu à associação criminosa e à prática de incitação criminosa no contexto dos atos antidemocráticos que culminaram nos atos violentos de 8.1.2023”, escreveu.
‘Caçadores de ratos’
A Polícia Federal (PF) tomou depoimentos e analisou trocas de mensagens feitas por Ivan Rejane em grupos de aplicativos. Segundo a PF, ele agiu para impulsionar um golpe de estado.
A PGR menciona na denúncia que em 1º de julho de 2022, Ivan Rejane enviou para quase 9 mil pessoas uma mensagem de texto com link para ingressarem em um grupo de mensagens chamado “Caçadores de ratos do STF”.
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“O denunciado enviava para milhares de contatos as mesmas mensagens e links de vídeos, de sua própria autoria, incentivando uma verdadeira ruptura institucional por intermédio do uso abusivo de plataformas digitais”, diz o documento.
Na avaliação dos investigadores, Ivan Rejane tinha um projeto de ataque ao Supremo e “arrecadou o apoio de diversas pessoas para a efetivação do seu plano de ataque às instituições democráticas”.
Se a acusação da PGR for aceita pelo STF, o homem se tornará réu e passará a responder pelos crimes.