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Maria Eduarda Mendes Boer passava cinco horas por dia estudando através de vídeos na internet e simulados de provas anteriores. Sem cursinho, aluna da rede pública de campinas conquista cinco aprovações em universidades pelo país
Maria Eduarda Mendes Boer/Arquivo pessoal
“Não tem fórmula mágica. Você precisa estudar”. Após três anos de dedicação, essa foi a conclusão de Maria Eduarda Mendes Boer, de 17 anos, que obteve cinco aprovações universidades públicas.
Aluna da rede estadual em Campinas (SP), a estudante conquistou as vagas sem o auxílio de cursinhos preparatórios. Por conta própria, através de vídeos na internet e simulados de provas anteriores, ela conta que passava cinco horas por dia estudando.
Por conta do bom resultado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a estudante conseguiu a maioria das aprovações através do Sistema de Seleção Unificada (SISU). A exceção foi a Universidade de São Paulo (USP), em que a jovem conquistou a vaga por meio da Fuvest.
🎓Entre as aprovações estão:
🐾 USP – medicina veterinária
👩🔬 IFSP – 1º lugar em ciências biológicas
🐾 UFMG – 5º lugar em medicina veterinária
🩺 UFRJ – medicina
🦷 UFRJ – odontologia
A chave é o equilíbrio 🔑
Para além dos cadernos, Maria Eduarda afirma que também cuidava com atenção da saúde mental. Para a estudante, isso fez com que ela aumentasse o rendimento nas provas e foi uns dos pontos cruciais para a conquista das aprovações.
“Saber equilibrar esses momentos de lazer e os momentos de estudo. Porque também uma coisa não anula a outra. Você não pode ser 100% tudo porque senão não funciona, não dá certo”, disse a estudante.
Ter uma rotina equilibrada entre momentos de estudo e de descanso tornou o desafio da jovem mais leve e permitiu que ela o sustentasse por mais tempo. “Você tem que conhecer até onde você pode ir. Porque, claro, você tem que se esforçar ao máximo, sempre dar 100% de si, mas não adianta nada você se esforçar, se esforçar, se esforçar e ficar cansado demais.”
Rede de apoio 🤝
Maria Eduarda com seu professor de geografia, um dos que a incentivou durante os vestibulares.
Maria Eduarda Mendes Boer/Arquivo pessoal
Em entrevista ao g1, a jovem contou que, em meio à pressão dos vestibulares, ter uma rede de apoio foi essencial para que não desistisse. “Muitas vezes que eu queria desistir, era minha família que não deixava. Eles sempre me deram esse apoio e eu ia lá e estudava, mesmo cansada”.
Apesar de ter a família presente, dentro da escola o incentivo dos professores era minoria. Maria Eduarda lembra que poucos a alertavam sobre o período de inscrição nos vestibulares ou comentavam sobre a importância de realizar simulados para se familiarizar com o estilo das provas.
“Infelizmente, a educação pública hoje em dia não te dá suporte. Eu tive poucos professores que ofereceram esse apoio. Começou mais agora no terceiro ano. Quem mais me orientou foram os professores de geografia, filosofia e matemática”, disse Maria Eduarda.
Como estudante da rede estadual, a jovem disse que precisou se dedicar muito para suprir os conteúdos cobrados nos vestibulares e que, muitas vezes, não eram aprofundados dentro da sala de aula.
“O ensino público não te da a preparação que você precisa para passar nesses vestibulares. Especialmente, por exemplo, em universidades públicas, que tem os vestibulares próprios. Unicamp, a Unesp, a USP. Então, de novo, não tem fórmula mágica. Você precisa estudar, você precisa ter esse foco. Porque quem constrói esse futuro, quem constrói essas oportunidades, somos nós mesmos”, comentou a jovem.
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Próximos passos 🎓
Entre tantas aprovações, a jovem optou por fazer medicina veterinária na USP, já que, para ela, o curso sempre foi a primeira opção.
Segundo Maria Eduarda, a mesma dedicação que teve para os vestibulares continuará na faculdade já que, assim que se formar, ela pretende fazer uma pós-graduação no exterior.
“Não tem maneira mais fácil. É foco, é estudo, não tem como fugir disso.”, concluiu a estudante.
Maria Eduarda optou por fazer medicina veterinária na USP.
Maria Eduarda Mendes Boer/Arquivo pessoal
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