Dados são do 2º Relatório da Transparência Salarial, divulgados nesta quarta-feira (25) pelos ministérios do Trabalho e Emprego e da Mulher. Centro comercial de Macapá
Instituto Fecomercio/Divulgação
Dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelos ministérios do Trabalho e Emprego e da Mulher mostram que as mulheres no Amapá ganham 12,3% a menos que os homens. A remuneração média, de acordo com o 2º Relatório da Transparência Salarial, é de R$ 2.446,06 para os homens e R$ 2.144,55 para as mulheres.
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O levantamento reuniu informações de 118 empresas com 100 ou mais funcionários no estado. Os dados revelaram que no Amapá a diferença salarial entre os dois gêneros varia de acordo com o grupo ocupacional. Em áreas como cargos de gerência, por exemplo, a diferença é de 7,2%.
Segundo a Secretaria de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres negras estão concentradas na base da pirâmide, principalmente serviços domésticos, serviços de limpeza, serviços de alimentação, de saúde básica, nos serviços públicos e nas atividades de gerenciamento e direção.
As empresas participantes somam 31.328 pessoas empregadas no Amapá.
Recorte por raça
O relatório apontou ainda que o número de mulheres negras (10,2 mil) é maior que não negras (2,8 mil) nas empresas. Apesar disso, as mulheres negras recebem 13,5% a menos que as não negras.
Entre os homens negros e não negros essa diferença é de 4,1%.
Outros números
59,6% das empresas possuem planos de cargos e salários;
46,8% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres;
48,9% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência;
27,7% adotam incentivos para contratação de mulheres negras;
19,1% dos estabelecimentos contam com a política de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+.
Igualdade
O Relatório de Transparência Salarial e o Plano Nacional de Igualdade Salarial são resultados da Lei nº 14.611, sancionada em 3 de julho de 2023. Ela aborda a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, modificando o artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
As empresas com 100 ou mais empregados devem adotar medidas para garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de mulheres.
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