Catarina Guerra e Nicoletti mantêm campanha política após TRE-RR excluir União Brasil da disputa à prefeitura de Boa Vista


A decisão cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral e, enquanto não houver uma decisão superior, os dois podem manter as campanhas. Partido foi excluído por desobediência. Catarina Guerra e Nicoletti, ambos candidatos à prefeitura de Boa Vista
Ana Cláudia Ribeiro/Rede Amazônica/Samantha Rufino/g1 RR
A deputada estadual Catarina Guerra e o deputado federal Nicoletti, ambos do União Brasil, afirmaram nesta quarta-feira (11) que vão recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) que excluiu o partido da disputa à prefeitura de Boa Vista e anulou a candidatura deles ao cargo. Os dois vão manter a campanha política para as eleições municipais de 2024.
A decisão da Justiça Eleitoral cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, enquanto não houver uma decisão superior, os dois podem manter as campanhas.
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Em entrevista ao g1 e a Rede Amazônica, o advogado de Catarina Guerra, Andreive Ribeiro, disse que respeitam a decisão do TRE-RR, mas estão preparando os recursos adequados no TSE para que a deputada siga na disputa municipal.
“A gente já está preparando os recursos adequados no Tribunal Superior Eleitoral e confiante que o tribunal mudará, alterará essa decisão para que Catarina siga na campanha, uma campanha bonita, uma campanha que está na rua, crescendo cada vez mais, e que ela continuará nessa campanha e estará com o seu nome na urna no dia 6, para a eleição que vem ai”, disse.
Nas redes sociais, Catarina disse que manterá a dinâmica de campanha, com equipes nas ruas, pessoas visitando e ouvindo a população.
Em nota enviada ao g1, o advogado de Nicoletti, Alex Ladislau, afirmou que ele vai recorrer da decisão para continuar na disputa e para que os atos de campanha de Catarina sejam proibidos.
“O deputado Nicoletti vai recorrer para que os atos de campanha da Catarina seja proibidos para cumprimento integral da decisão do TRE/RR é para que seja reconhecida a legitimidade de sua candidatura”, disse o advogado.
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Desde o início das eleições 2024, o União Brasil vivia uma disputa interna para saber quem deveria sair nas urnas. Nicoletti foi escolhido em uma convenção municipal do partido e Catarina foi escolhida pelo diretório nacional.
Nessa terça-feira (10) o TRE-RR excluiu, por 4 votos a 3, o partido da disputa pela prefeitura e anulou as candidaturas dos dois candidatos. Durante a sessão, houve empate de 3 a 3. O voto da presidente Elaine Cristina Bianchi foi o que decidiu pela saída do União Brasil da disputa.
A ação foi levantada pela desembargadora Tânia Vasconcelos e acompanhada pelos juízes Cícero Renato Pereira Albuquerque e Joana Sarmento. Os juízes Cláudio Belmino, Victor de Queiroz e Marcus Gil divergiram do voto.
A presidente do TRE-RR concordou com Tânia e desempatou a votação, por 4 votos a 3. Ela se baseou na resolução do próprio União Brasil, em que previa que o partido deixaria de competir nas eleições caso houvesse desobediência.
No voto que decidiu a saída do partido, Bianchi afirmou que o União Brasil cometeu “suicídio eleitoral” ao por nas regras do próprio partido que em caso de desobediência por parte de algum filiado, a legenda ficaria fora da disputa.
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