Há um mandado de prisão e de busca e apreensão contra um homem de 32 anos, que atuava recrutando terceiros para se passarem por beneficiários do INSS em agências bancárias e realizarem o saque de benefícios previdenciários de outras pessoas. Operação “Mercado de dados” acontece em nove estados
PF/Divulgação
A Polícia Federal (PF) em Uberlândia cumpre na manhã desta quinta-feira (26) um mandado de prisão e outro de busca e apreensão contra um homem de 32 anos, integrando de uma organização que fraudava dados do Instituto Nacional de Seguridade Nacional (INSS).
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A operação “Mercado de Dados” acontece em nove estado e ao todo são cumpridos 29 mandados de busca e 17 de prisão preventiva. Segundo a PF de Cascavel (PR), as investigações começaram em setembro de 2023 e revelaram que a organização criminosa era composta por hackers que faziam uso de técnicas de invasão cibernética e conseguiam ingressar diretamente no banco de dados do INSS.
Também fazem parte do esquema servidores da autarquia que comercializavam as respectivas credenciais de acesso aos sistemas, e indivíduos que comercializavam os dados dos beneficiários para quaisquer interessados.
A PF de Uberlândia informou que o homem procurado na cidade atuava recrutando terceiros, indicados como “velhos”, para se passarem por beneficiários do INSS em agências bancárias e realizarem o saque de benefícios previdenciários de outras pessoas. Ele também auxiliava o grupo no fornecimento de dados para falsificação de documentos.
De acordo com a PF, o suspeito que vive em Uberlândia ainda não foi encontrado e as buscas seguem para localizá-lo.
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Um dos hackers envolvido com o grupo conseguia burlar o método de login com autenticação multifator, alterar os níveis de acesso das credenciais dos servidores do INSS e fazer uso do certificado digital de servidores. Três servidores e um estagiário do INSS também foram alvos da operação.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilos e lavagem de capitais, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.
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