Equipes da força-tarefa de combate à incêndios na Ilha buscam apoio de mais brigadistas. Desde o início de setembro, estado contabilizou mais de 3 mil focos de incêndio. Queimadas próximo a aldeias indígenas na Ilha do Bananal
Reprodução/TV Anhanguera
A Ilha do Bananal teve 250 mil hectares destruídos pelas queimadas neste ano. Há pelo menos dois dias os incêndios vêm ameaçando indígenas que vivem na região. O fogo se aproxima de pelo menos três aldeias, entre elas a Imotxi II, no interior da ilha.
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O coordenador da força-tarefa que atua na Ilha do Bananal, Bruno Cambraia, explica que um dos motivos para o fogo se espalhar na região está relacionado a temperatura e baixa umidade do ar.
“Os ventos estão mais fortes, a temperatura mais alta, a umidade do ar, a gente teve dias agora aqui na região com menos de 10% de umidade, então assim, tudo isso contribui para que o comportamento do fogo fique mais extremo e a vegetação mais suscetível à passagem do fogo”, disse.
Fogo ameaça aldeias indígenas na Ilha do Bananal
A força-tarefa tem atuado no combate ao fogo na Mata do Mamão, que fica dentro da Ilha e onde foram queimados aproximadamente 8 mil hectares. A região é abrigo de indígenas que vivem isolados. Apesar do combate ser realizado dia e noite, as equipes precisam de apoio de mais brigadistas e equipamentos.
Representantes do Ibama no Tocantins informaram à TV Anhanguera que buscam reforço de mais brigadistas para combater o fogo na Ilha do Bananal, que possui aproximadamente 2 milhões de hectares.
O Ministério do Meio Ambiente informou, em nota, que brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate aos incêndios na região da Ilha do Bananal, incluindo territórios indígenas, Parque Nacional do Araguaia e da Mata do Mamão.
Queimadas no Tocantins
O fogo vem atingindo várias regiões no Tocantins, que desde o início de setembro contabilizou mais de 3 mil focos de incêndio. Neste mês, pontos turísticos famosos como as Dunas do Jalapão e Lagoa da Serra queimaram espaços considerados paradisíacos. Por causa das chamas, turistas tiveram que sair às pressas.
Nesta terça-feira (10) uma área verde na zona urbana de Palmas foi atingida pelo fogo e deixou cerca de 700 estudantes sem aula. Apesar dos bombeiros controlarem o incêndio na mesma noite, as chamas voltaram na manhã desta quinta-feira (11).
Além das vegetações animais que vivem no estado também sofrem com as queimadas. Em São Miguel do Tocantins, uma preguiça morreu carbonizada e outra foi resgatada com ferimentos após um incêndio florestal no dia 31 de agosto.
Preguiça foi resgatada e está sendo cuidada por veterinário
Divulgação
Já em Paraíso do Tocantins um preá foi resgatado com queimaduras nos olhos, patas e focinho acabou perdendo a visão. Um vendedor que viu o animal fugindo do fogo o salvou.
O incêndio aconteceu no setor Interlagos, na manhã desta segunda-feira (9), e foi controlado pelo Corpo de Bombeiros com apoio dos brigadistas. O animal está em estado grave, mas estável, conforme o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Vendedor resgatou animal silvestre de incêndio florestal em Paraíso do Tocantins
Acervo Pessoal
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