CCBA, em Belém, reabre com quatro novas exposições no sábado, 14


Novas mostras abordam periferia, feminino, encantaria e povo cabano. Exposição no CCBA em Belém.
Divulgação
Reabre neste sábado (14), em Belém, o Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) com quatro novas exposições com temas que abordam o cotidiano das pessoas. A visitação é gratuita.
A periferia, o feminino, a encantaria e a força do povo cabano estão contemplados nas obras de “Insurgências e o Contraponto do Longe”; “Moeda Cabana”; “As Revoltosas”; e “Passos de Encantamento”.
Os trabalhos, alguns inéditos, chegam ao público depois de pausa de duas semanas e das exposições “Para que Não se Acabe: Catar Memórias”, da fotógrafa Paula Sampaio, e “RGB: as Cores do Século”, do venezuelano Carlos Cruz-Diez.
Conheça as novas mostras
“Insurgências e o Contraponto do Longe”
A exposição “Insurgências e o Contraponto do Longe”, com curadoria de Debora Oliveira, Keyna Eleison, Emerson Caldas e Junior Negão, celebra a potência artística dos subúrbios e das quebradas, propondo uma curadoria coletiva que se estrutura como um quilombo, um espaço de vida, saúde e sabedoria.
Partindo das histórias de Ananse – ancestral africana que simboliza a teia da solidariedade e resistência – a exposição reflete sobre o impacto do deslocamento forçado, da escravidão à gentrificação contemporânea.
A mostra explora a criatividade e a resiliência das populações negras na construção de novas tecnologias culturais e sociais nas margens da sociedade.
Os artistas presentes na exposição são Astigma VJ, Bárbara Savannah, Beatriz Paiva, Bleia Campos, Bonikta, Brenda Nicole, Carlos Bob, Dan Carvalho, Dias Júnior, Glenda Beatriz, Gabz, Htadhirua, Isa Muriá, Irene Nunes, Jean Petra, Jerê Santos, Jamex, Junior Rasta, Kueio, Mayra Karvalho, Matheus R, Michel Onguer, Mileide Barros, N.a.z.a.s, Preto Nay, Rona, Thiago Modesto, Thay Petit e Tio Verde.
“Moeda Cabana” e “As Revoltosas”
Vânia Leal participa da curadoria de duas exposições, “Moeda Cabana”, junto com Keyna Eleison, e “As Revoltosas”, com Débora Oliveira.
“Moeda Cabana”, do fotógrafo André Penteado, que tem os artistas Armando Queiroz e Romeu Mariz Filho como convidados, e “As Revoltosas”, da arqueóloga e artista visual Cristiane Martins.
“As Revoltosas” é uma série composta por personagens que explora as complexidades e resistências das mulheres na sociedade contemporânea, abordando a luta por direitos, a desconstrução de padrões sociais e de gênero, e principalmente a celebração da identidade que estava adormecida e soterrada.
“Moeda Cabana” também fala de resistência, além de memória e identidade. André Penteado usa a fotografia como ferramenta para reimaginar momentos importantes da História do Brasil.
O olhar de André sobre a Cabanagem envolve situações, amb”iências e relação com os fatos esquecidos nos relatos históricos e, com as imagens criadas, busca conduzir o público a um processo de ressignificação e conscientização da importância do reconhecimento desses relatos da complexa do Brasil.
“Passos de Encantamento”
Já “Passos de Encantamento” é uma experiência para ser sentida no corpo, percebida na alma, um território onde as convenções de gênero se dissolvem poeticamente, através de obras que exploram encantamento, magia e espiritualidade, desenvolvidos em construções poéticas, estéticas e materiais.
Rafael Matheus Moreira reimagina os gêneros clássicos da arte, desafiando o olhar cisgênero; Rafa Bqueer nos desvela as marcas do imperialismo, da destruição e a luta pelo direito à cidade; Gabriela Luz nos reconecta à urgência ambiental; Jota Mombaça conjura uma ética de vida contra a violência histórica que permeia a sociedade brasileira; e Leaħ Cunha nos convida, com generosidade, a dançar com os orixás, ampliando dentro de nós as forças da natureza em toda sua grandiosidade.
Com curadoria de Mariah Rafaela Silva e Ana Clara Simões Lopes, esta exposição permite que o público imagine outro mundo, outro caminho guiado por uma força matriarcal que surge das águas, alertando que há, no princípio da vida, algo que desafia qualquer ideia de fim.
SERVIÇO
“Insurgências e o contraponto do longe”; “Moeda Cabana”; “As revoltosas”; e ‘Passos de Encantamento”
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias, na Rua Senador Manoel Barata, 400, bairro da Campina.
Horário de funcionamento: segunda e terça (fechado), quarta e quinta (9h às 17h), sexta e sábado (10h às 20h), domingos e feriados (10h às 15h).
Última entrada sempre uma hora antes do fechamento.
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